Nem só do programa
EB5 podem beneficiar-se os brasileiros que desejam fixar-se nos EUA. Segundo Ingrid Baracchini,
advogada especialista em vistos americanos de imigração, há outros tipos de vistos que podem se transformar em um greencard.
Conforme a advogada, a categoria de
visto EB1 é restrita a personalidades reconhecidas internacionalmente, por exemplo, um jogador de futebol, uma atriz ou uma modelo. "Os famosos conseguem o greencard por conta própria e de graça, porque os EUA querem essas pessoas", explica.
Nas definições divulgadas pelo Serviço de Imigração dos Estados Unidos para o EB1, o aplicante "deve demonstrar habilidades extraordinárias em ciências, artes, educação, negócios ou esportes por meio de sustentada aclamação nacional ou internacional". As regras citam ainda evidências como prêmios Pulitzer, Nobel, Oscar ou medalhas olímpicas.
Já o EB2, segundo Ingrid, é uma versão do EB1, mas voltada aos pesquisadores renomados em suas áreas e que tenham trabalhos científicos de interesse dos EUA. As definições do serviço de imigração americano para a categoria citam "membros de profissões com graus avançados ou seus equivalentes e indivíduos que, devido às suas excepcionais habilidades em ciências, artes ou negócios, irão beneficiar substancialmente a economia, cultura, interesses educacionais ou o estado de bem-estar dos Estados Unidos".
A especialista cita também a categoria de visto O1, concedido a profissionais com conhecimentos excepcionais da área e que esteja sendo trazido por um empregador. "Com um visto O1, o greencard pode ser solicitado pela empresa, que usa essa condição para manter o funcionário em seus quadros".
De acordo com a advogada, existe ainda o
H1B, voltado a trabalhadores especializados, que pode se tornar um greencard. "É para funções não tão especializadas", explica. Para essa categoria de visto, no entanto, há a limitação de 65 mil vagas por ano. "E só neste ano foram feitos 167 mil pedidos. É um visto bem complicado", considera Ingrid.
A especialista lista, por fim, o chamado L1, para empreendedores. A categoria é passível de ser solicitada quando uma empresa de porte médio ou grande abre uma filial nos EUA e expatria um executivo. Ingrid explica, no entanto, que o Brasil não participa do tratado referente a permissões do gênero, mas
brasileiros com cidadania italiana podem beneficiar-se do L1, uma vez que a Itália faz parte do acordo. "O L1 é concedido por um ano com extensões a cada dois anos até um máximo de sete e pode se tornar um greencard, caso a empresa cresça e torne-se independente da matriz para pagar suas contas e obter lucro", explica.
O crescimento da demanda por residência permanente fora do Brasil neste ano levou a consultoria americana Faccin Investments a abrir uma área específica voltada à relocação de famílias brasileiras que querem ir morar nos EUA. "O perfil típico é de famílias com filhos pequenos e pais que conseguem trabalhar remotamente e tocar negócios no Brasil", afirma.
Segundo Cassio Faccin, sócio da empresa, o aumento da procura por redomicílio foi impulsionado, em primeiro lugar, pela questão de segurança, mas também pela crise econômica.
Fonte
ANEPS