De olho no green card, brasileiros investem nos Estados Unidos


Para ter o visto EB5 é preciso fazer um aporte financeiro de US$ 500 mil e gerar pelo menos 10 empregos; Congresso americano discute aumento do valor

A advogada especialista em imigração, Ingrid Baracchini explica que ter um imóvel nos EUA não garante a aquisição da cidadania americana. Foto: Rafael Fernandes.

A advogada especialista em imigração, Ingrid Baracchini explica que ter um imóvel nos EUA não garante a aquisição da cidadania americana. Foto: Rafael Fernandes.

Os Estados Unidos já se consolidaram como preferência dos brasileiros que procuram oportunidades em outras terras. Um dos destinos turísticos mais procurados do mundo também tem fisgado os que buscam opções para investir, com destaque para o setor de imóveis. Segundo pesquisa realizada pela imobiliária Lello, somente na região da Flórida houve um aumento na venda de imóveis para brasileiros no último semestre de 26,5% em relação ao mesmo período do ano passado e, em Orlando, a alta foi ainda mais acentuada, chegando a 38%.

Mas, ao contrário do que a maioria pode imaginar, ter um imóvel no país não garante nenhum benefício, como aquisição de cidadania americana ou visto. “Para quem quer morar nos EUA, o ideal é ter um green card, que garante direitos iguais aos de qualquer cidadão americano, como votar e pagar impostos”, explica a advogada especialista em imigração, Ingrid Baracchini. O visto de permanência só é concedido para investimentos que gerem no mínimo 10 empregos.

De acordo com o último levantamento feito pelo Itamaraty, em 2013, o país tinha mais de 1,3 milhões de brasileiros legalizados e residentes. A cidade de Boston aparece como local de maior concentração, com aproximadamente de 300 mil imigrantes, seguida por Nova York com 285 mil e Miami com 250 mil.

Segundo Baracchini, muitos brasileiros usam o visto do tipo EB5 (de investidor) como uma via para a conquista da permanência definitiva. Esta categoria exige que o interessado faça um aporte financeiro de US$ 500 mil e que gere pelo menos 10 empregos dentro da economia norte-americana. O visto pode demorar até dois anos para ser liberado e estende suas vantagens a todos os familiares diretos do investidor (cônjuge e filhos de até 21 anos).

O Congresso dos Estados Unidos estuda aumentar o valor mínimo de investimento. A votação do reajuste de US$ 500 mil para US$ 800 mil está prevista para acontecer até o final deste mês. Desde a criação do programa EB5 em 1990, esta pode ser a primeira correção autorizada por parlamentares norte-americanos. “O US Citizenship and Immigrantion Services (USCIS) vota o valor a cada 3 anos. Existe uma expectativa que o valor possa subir para algo em torno de R$ 3 milhões de reais ou um pouco mais que isso, com base na variação da moeda americana”, completa.

De acordo com Baracchini, o aumento não diminui o interesse do investidor brasileiro e não ocorrerá uma corrida para se enquadrar no valor atual porque as 10 mil quotas disponíveis já foram preenchidas, não permitindo mais adesões, apesar do prazo legal para dar entrada na documentação se encerrar apenas no dia 30 de setembro.

Em 2014, a concessão de vistos da categoria EB5 para brasileiros chegou a 30 entre as 10 mil vagas possíveis; no ano anterior, foram 11. O aumento no número de vistos demonstra o grande interesse dos brasileiros em investir nos EUA. Hoje, os chineses são responsáveis por 85% das solicitações.

Para a advogada, a alta do dólar provocada pela instabilidade econômica no Brasil se tornou um fator limitante do número de investidores, porém esta não é a única forma de conseguir o green card. “Os vistos de trabalho como L1, H1B e O1 podem vir a se tornar um green card, caso seja de interesse do empregador requisitá-lo. Isso porque este fica vinculado ao empregador quando possui um visto de trabalho. Ao obter o green card pela empresa, o empregado pode, inclusive, pedir demissão e trabalhar para outra empresa concorrente. Apesar de não ser uma prática corriqueira, é legalmente possível” comenta Baracchini.

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